sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Cuíca-d'água

Cuíca-d'água
Chironectes minimus

É um animal que só costuma ser visto à noite, geralmente, nadando ou mergulhando, daí a origem do seu nome popular.
Seu corpo mede cerca de 40cm e sua cauda aproximadamente 43cm. Apresenta peso em torno de 600 gramas.
Suas patas traseiras tem membranas semelhantes às dos pés dos patos, o que a ajuda na natação, que ela realiza com o corpo submerso e apenas com a cabeça acima da água. Sua cauda funciona como um leme, orientando na direção a seguir. E é na água que esse animal consegue a maior parte de seus alimentos: peixes, anfíbios, crustáceos, insetos e, às vezes, algumas plantas aquáticas.
A cuíca-d'água é um marsupial, assim como os coalas, cangurus e gambás. Nas fêmeas, o marsúpio serve para dar continuidade ao desenvolvimento dos filhotes. Os machos também tem marsúpio, mas a função é proteger os testículos enquanto nadam.
Para dar à luz seus filhotes, a cuíca-d'água constrói ninhos em tocas subterrâneas escavadas às margens de rios e riachos onde vive. Normalmente, tem duas ou três crias por gestação. Os bebês cuícas - logo depois de nascidos - vão para o marsúpio, onde ficam protegidos e mamando até estarem fortes o suficiente para viver do lado de fora.
Dentro do marsúpio os filhotes ficam protegidos mesmo com a mãe cuíca na água, por causa do pelo. A pelagem dessa espécie é curta e impermeável, não deixando passar água para dentro da bolsa marsupial, cuja abertura é voltada para trás. Assim a fêmea consegue mantê-la fechada, impedindo que a água entre enquanto nada.
A cuíca-d'água é encontrada do sul do México até o Peru, parte central da Bolívia, sul do Paraguai e nordeste da Argentina. No Brasil, ocorre nos estados das regiões Sul, Centro-oeste e Sudeste.
Está na lista de animais ameaçados de extinção, por causa do desmatamento e das queimadas que prejudicam o ambiente, ou melhor, as florestas e matas ciliares onde a cuíca-d'água vive. Para evitar o desaparecimento da espécie, é preciso criar novas áreas de preservação ambiental e ampliar as que já existem. (Texto adaptado)

Fonte:
Texto de: Jânio Cordeiro Moreira
Laboratório de Mastozoologia,
Departamento de Zoologia,
Universidade do Rio de Janeiro
IN: Revista Ciência Hoje das Crianças nº 197 de Dezembro de 2008.

Um comentário:

  1. Maravilhoso este blog. Parabéns aos seus idealizadoes. Sou apaixonada pelo cerrado e já até tentei fazer uma revista sobre o tema. Acredito que o descaso das autoridades se deve, em grande parte, a falta de divulgação sobre o Cerrado ao restante da sociedade. Não se consegue mobilizar as pessoas para que compreendam o significado da degradação do Cerrado e o impacto que isso acarretará na qualidade de suas vidas. Mais uma vez parabéns.
    Rosane

    ResponderExcluir

Os comentários serão moderados antes de serem publicados.Serão bem vindos os comentários sobre as postagens, parcerias e sobre o blog. Porém comentários com insultos e/ ou palavrões serão excluídos.
Agradecemos a atenção, visitas e comentários. Esperamos que tenha gostado do conteúdo. Volte sempre!

Pesquisa no Google

Pesquisa personalizada