Por que os dentes dos roedores e o bico das aves crescem sem parar?
Os dentes dos roedores e o bico das aves crescem sem parar para facilitar as tarefas diárias. Se isso não acontecesse esses bichos teriam dificuldades para cortar galhos e sementes e para cavar e escalar. A cutia é um exemplo. Para se alimentar, ela precisa abrir a duríssima casca do seu prato predileto: a castanha-do-pará. Realizando essa e outras tarefas, seus dentes da frente - os incisivos - se desgastam muito. Como esses dentes foram mesmo feitos para roer, roer e roer as superfícies mais duras tão rapidamente quanto são desgastados, eles crescem sem parar. Além disso, a parte da frente desses dentes possui uma camada de esmalte reforçada. A parte de trás, porém é mais macia e funciona como um alicate.
Essas adaptações engenhosas é que permitem aos roedores as habilidades de cavar, escalar, cortar galhos e sementes duras. Outro exemplo é o castor da América do Norte, um roedor de dentes tão fortes que são capazes de cortar árvores e construir pequenas represas usando apenas seus dentes incisivos, reconstruindo o ambiente ao seu redor semelhante aos humanos.
Com os roedores tudo bem, mas será que os bicos das aves também crescem sem parar? Claro que sim! O bico das aves é formado, principalmente, por um tipo de osso chamado pneumático. Os ossos pneumáticos são muito mais leves que os ossos encontrados nos humanos e em outros animais. Essa leveza é necessária para o equlíbrio durante o voo. Os ossos do bico são cobertos por uma capa formada de queratina, o mesmo material que compõe as nossas unhas. Essa capa é conhecida como ranfoteca e serve para proteger, dar forma e cor ao bico. Ela cresce continuamente em ritmo lento. Mas como o bico é usado constatemente para a alimentação e várias outras funções, essa cobertura vai se desgastando e seu crescimento compensa este desgaste.
Araras, papagaios e periquitos estão entre os animais que possuem uma das maiores taxas de crescimento de seu bico entre todas as aves. Essas aves se alimentam principalmente de sementes duras e frequentemente utilizam o bico como se fossem mãos, que se movimentam entre os galhos das árvores. (Texto adaptado)
Fonte:
Texto de: Salvatore Siciliano e Luciano M. Lima
Projeto Aves, Quelônios e Mamíferos Marinhos da Bacia de Campos
Escola Nacional de Saúde Pública/FIOCRUZ
IN: http://cienciahoje.uol.com.br/147521
Acesso em 24/08/09
Veja lá o texto original, além de outras tantas informações importantes.
obrigada,estava com dificuldade nas tarefas e vcs me ajudaram!!!
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